De vida em vida

O Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro. A celebração de Finados é bastante importante para algumas religiões, principalmente para a Igreja Católica, que considera esta data como um momento especial de homenagem a todos os entes queridos que já morreram.

 

Nossas vidas são medidas pelo tempo, ao longo do qual passamos por mudanças. Envelhecemos e, como acontece com todos os seres vivos, a morte aparece como o fim normal da vida; ou, melhor dizendo, da vida biológica. Sim, pois o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, decaído em razão da culpa original e sujeito da corrupção e à morte, esse homem foi redimido por Nosso Senhor Jesus Cristo, e, portanto, pode alimentar a esperança de uma vida eterna junto do Pai.

Santa Terezinha do Menino Jesus tinha tanta certeza disso, que dizia em seu leito de morte: “Eu não morro, entro na vida”. Então, nós, cristãos, devemos nos firmar na convicção de que a morte não é o fim, mas o começo da vida, da vida verdadeira. No entanto, não é sempre que conseguimos agir assim.

Como sempre ouvimos falar, a coisa mais certa para todos nós que nascemos é que a morte um dia chegará, inevitavelmente. E por que será que nós fugimos tanto desse assunto? Por que nos desviamos dele, evitamos tocar no tema da morte?

Aos poucos, vamos nos dando conta de que essa é a porta de entrada para chegarmos à sonhada “vida eterna, onde não haverá mais sofrimento, nem dor, nem tristeza”; vamos percebendo com mais clareza o significado profundo da passagem da segunda carta de São Paulo aos coríntios que serve de epígrafe a esse texto: o homem não foi criado para a felicidade plena neste mundo; a vida neste “vale de lágrimas” é ocasião de fortalecermo-nos no amor, na fé e na esperança da vida vindoura, junto do Pai.